Como sabemos, a água desempenha um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar. No entanto, nossos recursos são escassos, e a melhor alternativa encontrada para abastecer a população é tratando e reutilizando a água que, mesmo parecendo limpa, pode estar cheia de substâncias nocivas. Nesse processo, se usam diferentes tipos de desinfecção da água, assunto que iremos aprofundar neste artigo.
Existem sistemas de captação e armazenamento de água que tratam e retiram impurezas para que ela possa ser utilizada novamente, seja para consumo humano ou para uso industrial.
No entanto, essa água que fica armazenada nos reservatórios pode acabar criando algas ou apodrecendo, tornando-a imprópria novamente. Por isso, é crucial que seja feita sua manutenção constante, a fim de garantir uma qualidade sempre alta e a sua potabilidade.
É aí que entram os filtros e sistemas de desinfecção, que conseguem prevenir o desenvolvimento de microrganismos e substâncias indesejadas. Esse uso é de essencial importância, e cada situação demanda um diferente tipo de processo. Continue a leitura e saiba como funcionam!
Quais os principais tipos de desinfecção da água?
O processo de desinfecção da água envolve a eliminação ou inativação de microorganismos patogênicos, como bactérias, vírus e protozoários presentes na água, com o objetivo de torná-la segura para o consumo humano.
Dessa forma, existem vários métodos e tecnologias utilizadas para desinfetar a água, e o processo exato pode variar dependendo do sistema de tratamento em uso. Vamos explorar alguns dos principais métodos existentes no mercado, confira:
1. Cloração
A desinfecção da água com cloro é um dos métodos mais comuns e eficazes utilizados em sistemas de tratamento de água em todo o mundo. É um agente oxidante poderoso que é adicionado à água para eliminar ou inativar microorganismos patogênicos, como bactérias, vírus e protozoários. Esse processo de desinfecção é conhecido como cloração.
Além disso, o cloro é um poderoso agente oxidante que ataca as células dos microorganismos, impedindo sua reprodução e causando a sua morte, e ainda ajuda a controlar o crescimento de algas.
Em relação ao seu processo, pode ser realizado usando diferentes formas de cloro, como hipoclorito de sódio (hipoclorito), cloro gás e hipoclorito de cálcio. Cada forma possui características distintas, mas todas têm a capacidade de inativar microorganismos patogênicos e garantir a segurança da água.
💧 Hipoclorito de sódio (hipoclorito)
O hipoclorito de sódio é um composto químico líquido ou sólido, comumente conhecido como água sanitária ou cloro líquido. É uma forma comumente utilizada na desinfecção da água.
Também é facilmente solúvel em água e libera cloro livre quando dissolvido. Já a sua dosagem é calculada com base na quantidade de cloro ativo (teor de cloro) presente na solução. Geralmente, é adicionado à água em forma líquida ou na forma de tabletes dissolúveis.
💧 Cloro gasoso
O cloro gasoso é uma forma pura de cloro, normalmente armazenada e transportada em cilindros pressurizados. É uma forma extremamente concentrada e potente da substância, por isso, requer cuidados especiais no manuseio.
O funcionamento desse processo se dá pela injeção de cloro nos sistemas de tratamento, onde se dissolve rapidamente e reage com os microorganismos presentes na água. O controle preciso da dosagem de cloro gasoso é essencial para garantir a eficácia da desinfecção e evitar a formação de subprodutos indesejados.
💧 Hipoclorito de cálcio
O hipoclorito de cálcio é outro composto sólido amplamente utilizado para a desinfecção da água. Ele é comercializado na forma de grânulos ou pastilhas e é altamente solúvel em água, onde libera cloro livre quando dissolvido.
A dosagem de hipoclorito de cálcio também é calculada com base no teor de cloro ativo presente no composto. É comumente utilizado em estações de tratamento de água para a desinfecção mais eficaz.
Em todos esses casos, a dosagem de cloro é cuidadosamente monitorada e controlada para garantir que seja suficiente para inativar os microorganismos presentes na água, mas não em excesso, a fim de evitar a formação de subprodutos indesejados, como os trihalometanos (THMs).
O controle rigoroso da dosagem de cloro e o monitoramento regular do cloro residual na água tratada são essenciais para garantir a eficácia e a segurança do processo.
2. Ozonização
O ozônio é um poderoso agente oxidante e um dos principais processos de desinfecção da água. A desinfecção com ozônio envolve a aplicação da substância gasosa ou dissolvida na água, para inativar microorganismos patogênicos e eliminar compostos orgânicos indesejáveis.
Seu processo segue etapas semelhantes às outras formas de desinfecção. Começa com a ozonização: no qual o ozônio é gerado a partir do oxigênio do ar ambiente, por meio de uma descarga elétrica. Além desses, existem também sistemas de ozonização que utilizam oxigênio puro para aumentar a eficiência da geração de ozônio.
Após isso, a substância é misturada com a água que será tratada. Esse processo pode ocorrer de duas formas: com ozônio gasoso ou dissolvido.
O gasoso é injetado diretamente na água, geralmente em uma câmara de contato ou em um sistema de difusão, onde entra em contato com os microorganismos presentes na água, oxidando suas membranas celulares e interrompendo suas funções vitais.
Já o dissolvido cria uma solução que é misturada com a água a ser tratada. Assim, o ozônio dissolvido reage com os microorganismos e substâncias indesejáveis presentes, eliminando-os. É necessário um tempo de contato adequado entre o ozônio e a água para que a desinfecção ocorra de forma eficiente.
Após o tempo necessário, é importante remover o ozônio residual da água tratada antes de ser distribuída para consumo. Ele pode ser removido por meio de processos de desgaseificação ou por meio de reações químicas com agentes redutores, como o dióxido de enxofre ou o bisulfito de sódio.
Esse método apresenta várias vantagens em relação aos outros, como o cloro. Isso porque é um desinfetante altamente eficaz, capaz de eliminar uma ampla gama de microorganismos, incluindo bactérias, vírus, protozoários e cistos.
Além disso, o ozônio não deixa resíduos tóxicos na água tratada, pois se decompõe naturalmente em oxigênio, sendo eficaz na remoção de compostos orgânicos, odores e sabores desagradáveis na água.
3. Radiação Ultravioleta
A radiação ultravioleta (UV) é outro método de desinfecção da água que tem se mostrado eficaz na eliminação de patógenos. Nesse processo, a água é exposta a uma luz UV de alta intensidade, que danifica o DNA dos microorganismos, impedindo sua capacidade de reprodução e causando a sua morte.
A radiação UV é especialmente eficaz contra bactérias, vírus e protozoários, mas não é efetiva contra contaminantes químicos. Por isso, às vezes é utilizada como um processo adicional, para eliminar as substâncias que não foram eliminadas em processo de cloro, por exemplo.
É importante ressaltar que a radiação não deixa resíduos e não altera suas propriedades químicas, mantendo o sabor e a qualidade da água tratada. Veja o que acontece em cada etapa desse método:
💧 Exposição à radiação UV
A água a ser tratada é exposta à radiação UV-C, emitida por lâmpadas. Assim, a radiação possui um comprimento de onda específico que é letal para os microorganismos, afetando seu material genético e impedindo sua reprodução.
💧 Tempo de exposição
A eficácia da desinfecção por UV depende do tempo de exposição à radiação. Ou seja, a água deve permanecer exposta à luz por tempo suficiente, até garantir a inativação dos microorganismos presentes. O tempo de exposição necessário vai depender do fluxo de água, da qualidade da água e do tipo de microorganismos-alvo.
💧 Qualidade da luz UV
É essencial garantir que as lâmpadas UV estejam funcionando corretamente e emitindo radiação na faixa apropriada. Além disso, as lâmpadas devem ser monitoradas e substituídas regularmente para manter a eficácia do processo de desinfecção.
Apesar de todas as vantagens, o método possui algumas limitações: a radiação é eficaz apenas no momento em que a água é exposta à luz UV. Portanto, não oferece proteção residual e não é eficaz na eliminação de microorganismos que podem se regenerar ou se reproduzir após a exposição.
Além disso, sua eficácia pode ser reduzida se a água contiver partículas em suspensão, turbidez ou matéria orgânica elevada. Nessas situações, a pré-filtração pode ser necessária para garantir que a radiação UV alcance os microorganismos de forma adequada.
O melhor método de desinfecção da água depende do tipo de água a ser tratada
Os tipos de desinfecção da água mencionados neste artigo são amplamente utilizados em sistemas de tratamento hídrico em todo o mundo.
Cada método tem suas vantagens e desvantagens, como pudemos ver, e a escolha do mais adequado depende das características da água e dos requisitos de tratamento.
Independente disso, é essencial garantir que a água que consumimos seja tratada adequadamente, a fim de proteger a saúde da sociedade e do meio ambiente.
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