sistema de tratamento de efluentes

Como funciona um sistema de tratamento de efluentes?

A crescente preocupação com o meio ambiente e a necessidade de preservar os recursos hídricos impulsionou o desenvolvimento de tecnologias e processos eficientes para o tratamento de efluentes. Nesse contexto, foi criado o sistema de tratamento de efluentes, que hoje desempenha um papel crucial no tratamento de águas utilizadas em domicílios e indústrias.

Esses sistemas possuem tecnologias capazes de remover contaminantes e substâncias indesejáveis que estão presentes nas águas residuárias. 

Desse modo, os processos acontecem antes da água ser descartada na natureza ou reutilizada, às vezes para consumo (quando potável), às vezes para reuso de indústrias, empresas ou domicílios (para uso sem consumo, como em lavagem de calçadas, descargas sanitárias, entre outros). 

Por isso, vamos fornecer uma visão abrangente sobre o funcionamento de um sistema de tratamento de efluentes, destacando suas principais etapas e explicando sua importância para as pessoas e o meio ambiente. Continue a leitura e aproveite!

O que é um sistema de tratamento de efluente?

Um sistema de tratamento de efluentes é um conjunto de processos e técnicas utilizados para remover poluentes e substâncias indesejáveis, que podem estar presentes em águas residuais, antes de seu descarte ou reutilização. 

Para entender melhor: efluentes são normalmente formados por água residual, ou compostos pastosos, que possuem partículas sólidas vindas de atividades que podem ser domésticas, comerciais ou industriais. 

Desse modo, o sistema pode ser implementado em diferentes contextos, como em indústrias, residências, hospitais ou qualquer outra fonte geradora de efluentes. Geralmente, esses sistemas são projetados de acordo com as necessidades específicas de cada local e podem variar em tamanho e complexidade, dependendo da carga a ser tratada e do tipo do efluente.

Sendo assim, o objetivo principal do sistema é eliminar ou reduzir os patógenos e contaminantes (biológicos, químicos e físicos) presentes nos efluentes. Cada uma das etapas envolvidas no tratamento vai focar em uma especificidade ou tipo de resíduo a ser retirado. 

Como funciona um sistema de tratamento de efluentes?

Agora que você já sabe o que é um sistema de tratamento de efluentes, vamos entender como funciona cada etapa desse processo. 

Sabemos que o objetivo é tornar a água reutilizável para ser devolvida à natureza ou consumida, independente da categoria do efluente, para não causar danos graves à saúde da população e ao meio ambiente.

Inclusive, essa é uma grande responsabilidade das empresas e indústrias, que devem seguir os regulamentos e licitações ambientais do governo. Neste artigo, falamos um pouco mais sobre isso, clique e confira!

Em relação às suas etapas, existe uma série delas, em que cada uma remove um tipo diferente de poluente. As mais comuns de um sistema de tratamento de efluentes são:

1. Pré-tratamento

Esta primeira etapa consiste em retirar os sólidos grandes que estão presentes no efluente. Nesta parte, os dois principais processos para conseguir essa separação mais pesada são o gradeamento e a desarenação. Vamos entender cada um:

Gradeamento 

Para retirar os sólidos maiores presentes no efluente a ser tratado, são utilizadas grades ou peneiras metálicas que servem como barreiras para plásticos, madeira, folhas, entre outros detritos. Essas grades seguram o que deve ser separado e depois é feita a retirada dos objetos retidos. 

Essa etapa é muito importante porque, além de começar o pré-tratamento, também é uma forma de garantir a segurança e proteção dos equipamentos do sistema, pois esses sólidos podem acabar danificando o interior das unidades. 

Desarenação

Já a desarenação possui o objetivo de remover a areia e materiais sólidos de granulometria maior que não ficaram retidos no gradeamento. Geralmente, a desarenação é realizada por meio de um dispositivo chamado desarenador, que permite a sedimentação e remoção dos sólidos mais densos, como areia e cascalho, antes de o efluente prosseguir para as próximas etapas do tratamento.

Por fim, o pré-tratamento é fundamental para preservar a integridade dos equipamentos, evitar problemas operacionais, reduzir o custo geral do tratamento e garantir que as etapas subsequentes funcionem adequadamente.

2. Tratamento primário

O tratamento primário é a segunda etapa no sistema de tratamento de efluentes, e tem como principal objetivo a remoção de sólidos sedimentáveis e matéria orgânica em suspensão no efluente.

Para o tratamento, são utilizados processos físicos para a separação e a redução da carga poluente antes de prosseguir para as etapas subsequentes. Nisso, os principais processos incluem: 

Decantação

O efluente é conduzido para grandes tanques chamados decantadores ou clarificadores, onde a velocidade de escoamento é reduzida. Nesse ambiente, a gravidade permite que os sólidos mais densos, como areia, lodo e materiais sedimentáveis, se depositem no fundo do tanque, formando o lodo primário. Por sua vez, a água clarificada é direcionada para as próximas etapas de tratamento.

Flotação por ar dissolvido

A flotação por ar dissolvido é uma alternativa à decantação e é usada quando os sólidos sedimentáveis são mais finos ou quando a carga orgânica é mais alta. Nesse processo, microbolhas de ar são introduzidas na água, aderindo às partículas suspensas e fazendo com que elas se elevem à superfície, formando uma espuma de lodo que pode ser removida.

3. Tratamento secundário

Chegando no tratamento secundário, é o momento de remover a matéria orgânica que ainda não foi retirada nas etapas anteriores. Para atingir esse objetivo, são utilizados processos bioquímicos (aeróbicos ou anaeróbicos), usando bactérias e outros microrganismos. 

Quando o tratamento é aplicado da forma correta, o efluente pode ficar até 95% livre de contaminantes. Por fim, é realizada uma segunda decantação, responsável por clarificar a água e separar o lodo do efluente. 

4. Tratamento do lodo

No último tópico falamos sobre a separação do lodo do efluente, e agora, chegamos em uma etapa bem importante: o tratamento do lodo. Essa parte é essencial, pois o lodo é o resíduo sólido do tratamento de efluentes, ou seja: a junção de todas as substâncias presentes na água antes do tratamento. 

Essas substâncias podem ter altas concentrações de materiais poluentes e agentes patogênicos, representando uma ameaça ao meio ambiente e às pessoas. Assim, a gestão adequada do lodo é essencial para evitar problemas ambientais e de saúde pública.

O processo de tratamento do lodo começa com o adensamento, com objetivo de reduzir a água presente nele, assim como seu volume. Depois, retira-se os patógenos e o volume do lodo é diminuído novamente, em um processo chamado de digestão anaeróbica. 

Por fim, são utilizados processos químicos para coagular os sólidos e, finalmente, o processo de desidratação para retirar o restante de umidade. O produto final se transforma em apenas matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e nutrientes, podendo ser utilizado como adubo para o setor agrícola, além de outras possibilidades de uso. 

5. Tratamento terciário

O tratamento terciário promove a remoção de contaminantes residuais que persistem após as etapas anteriores de tratamento. Essa fase é crucial para elevar a qualidade do efluente a um nível em que ele possa ser reutilizado ou liberado com segurança no meio ambiente, em conformidade com as regulamentações ambientais.

Isso porque, mesmo tendo sido tratado, o efluente ainda pode conter patógenos ou excesso de nutrientes.

Para isso, são utilizadas técnicas variadas, como filtração, ozonização, cloração e muitas outras, que vão depender das características do efluente tratado e do tipo de poluentes presentes na água. 

Importância do sistema de tratamento de efluentes

Como vimos ao longo do artigo, o sistema de tratamento de efluentes é fundamental para uma série de necessidades do planeta, como: preservação dos recursos hídricos, distribuição de água potável para consumo da população, preservação do meio ambiente, prevenir a propagação de doenças e melhorar a qualidade da água para uso recreativo e doméstico. 

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